sexta-feira, 15 de maio de 2009

CHEGA DE CÓLICA!

Esta noite vivi mais um dos meus muitos dramas menstruais.
Que desconfortável!
Acredito que assim como eu, muitas mulheres sofrem com a visita mensal da cólica, portanto, resolvi compartilhar com vocês este artigo da revista Blibliomed, publicada originalmente em 28 de Novembro de 2005, revisado em 17 de Maio de 2007.

E nada como a música "Cor de Rosa Choque" da Rita Lee para expressar nossos mais profundos sentimentos quanto a esta "adorável" fase de nosso mês, afinal, "Mulher é bicho esquisito.Todo mês sangra. Um sexto sentido maior que a razão (...) Por isso não provoque, é cor de Rosa Choque".


Chega de Cólica!

Quase 50% das mulheres, em idade fértil, apresentam cólica menstrual, e em cerca de 10 a 15% a dor chega a interferir nas atividades diárias. Juntamente com a tensão pré-menstrual é uma das principais queixas das mulheres, responsáveis por faltas ao trabalho ou escola.
Ela pode ser primária, quando não existe nenhuma patologia orgânica, ou secundária a algum outro problema que afeta a mulher.



Dismenorréia primária:


A dismenorréia primária, também, conhecida como cólica fisiológica, é a mais comum das dismenorréias. Embora possa ocorrer em mulheres acima de 40 anos, é mais comum em jovens. Costuma aparecer um a dois anos após a primeira menstruação.


A menstruação é uma limpeza da camada interna do útero, que foi preparada durante o ciclo menstrual, para receber uma possível gravidez. Para se evitar uma perda muito grande de sangue, o organismo faz com que o útero se contraia. Esse processo de contração é realizado por uma substância chamada prostaglandina, que também é responsável pela dor. Portanto, para combater a dor torna-se importante bloquear a produção de prostaglandinas.
Portanto, a dismenorréia primária é uma condição normal do ciclo menstrual de algumas mulheres.


A dor pode ser branda, causando desconforto ou sensação de peso, moderada, levando a um mal-estar, ou muito intensa, incapacitando a mulher de realizar suas atividades habituais.

Geralmente tem início poucas horas antes ou logo após o começo do período menstrual e localiza-se freqüentemente no baixo-ventre, ou seja, abaixo do umbigo. Quando não tratada, a cólica menstrual pode durar até dois ou três dias.


As cólicas podem surgir durante o período pré-menstrual. Porém, antes da menstruação ela é considerada um sintoma da tensão pré-menstrual.
Além da dor em cólica, podem ocorrer outros sintomas e manifestações associadas, como náuseas, diarréia, vômitos, dor nas costas, cansaço, nervosismo, tonteira, dor de cabeça e até desmaio.



Dismenorréia secundária:


Dismenorréia secundária é a cólica menstrual devido a alguma doença que afeta a mulher. Diferentemente da dismenorréia primária, ela não aparece logo após o início da menstruação e sim, geralmente alguns anos após a primeira menstruação ou após algum fato.
Quando a mulher apresenta cólica menstrual com essas características é preciso averiguar a presença de doenças ou condições ginecológicas e não-ginecológicas, que possam estar causando a dor.


Dentre as causas ginecológicas mais comuns de dismenorréia secundária estão:


Alteração nos ovários
Alterações no útero
Endometriose
Hímen sem orifício para sair a menstruação
Uso de DIU (dispositivo intra-uterino)
Miomas (tumor benigno do útero)
Malformações uterinas
Doença inflamatória pélvica
Cistos
Pólipos


Existem ainda muitas outras causas que podem levar à dismenorréia secundária. É imprescindível a consulta a um médico ginecologista para esclarecer a causa da dor e estabelecer o tratamento.


Tratamento:


Ao contrário do que se pensava antigamente, existem tratamentos muito eficazes para a cólica menstrual, que melhoram muito a qualidade de vida das mulheres nesse período.
O tratamento da dismenorréia primária é à base de antiinflamatórios não-esteróides (AINES). Estes medicamentos bloqueiam as prostaglandinas e, portanto bloqueiam a dor.
Um efeito colateral comum dos AINES são as lesões do estômago e intestinos, mas já existem antiinflamatórios em que esse efeito é minimizado.


É muito importante que eles sejam tomados logo aos primeiros sinais de menstruação ou dor, para evitar a formação das prostaglandinas, e deve ser repetido a intervalos suficientes para evitar a nova formação das prostaglandinas. Assim, seu efeito será mais rápido e eficaz.
Medicamentos antiespasmódicos também podem ser usados para diminuir as contrações do útero e assim, diminuir a dor.


Outras medidas também podem ser iniciadas alguns dias antes do período menstrual, para prevenir o aparecimento da cólica ou aliviar a dor. Entre elas estão o uso de compressas de água quente no local, e a prática de exercícios físicos, como caminhada e andar de bicicleta.
Em certos casos de dismenorréia primária pode ser útil o uso de anticoncepcionais hormonais, seguindo sempre a orientação médica.


No caso da dismenorréia secundária os AINES também podem ser utilizados para o alívio da dor, mas é importante que a causa da cólica seja conhecida para a realização de um tratamento efetivo e cura da doença. O uso de compressas de água quente e as atividades físicas também podem contribuir para o alívio das crises.

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